ATA DA SEPTUAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 26-9-2002.

 


Aos vinte e seis dias do mês de setembro de dois mil e dois, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Ervino Besson, Estilac Xavier, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Celeste e Paulo Brum. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, João Bosco Vaz, Nereu D'Avila e Mauro Zacher. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Septuagésima Quarta e Septuagésima Sexta Sessões Ordinárias e da Ata Declaratória da Septuagésima Quinta Sessão Ordinária que, juntamente com as Atas da Septuagésima Segunda Sessão Ordinária, da Ata Declaratória da Septuagésima Terceira Sessão Ordinária e das Atas da Vigésima Sexta e Vigésima Sétima Sessões Solenes, deixaram de ser votadas face à inexistência de quórum deliberativo. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa Diretora, o Projeto de Resolução nº 100/02 (Processo nº 2954/02); pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, 01 Pedido de Providências e o Pedido de Informações nº 202/02 (Processo nº 2932/02); pelo Vereador Cassiá Carpes, 04 Pedidos de Providências e o Pedido de Informações nº 199/02 (Processo nº 2910/02); pelo Vereador Ervino Besson, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador João Carlos Nedel, 02 Pedidos de Providências; pelo Vereador Sebastião Melo, 01 Pedido de Providências. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nºs 10503283, 10503313, 10504930, 00005779, 10503324, 10503605, 10503875, 10504010, 10504180, 10504216, 10504217, 10504506 e 10504665/02 do Senhor Sady Carnot Falcão Filho, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Em continuidade, constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Beto Moesch, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, iniciando-se o GRANDE EXPEDIENTE, hoje destinado à entrega do Prêmio Ecologista do Ano ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, concedido através do Projeto de Resolução nº 015/02 (Processo nº 025/02), nos termos do Requerimento nº 134/02 (Processo nº 2643/02), ambos de autoria do Vereador Beto Moesch. Compuseram a Mesa: o Vereador Paulo Brum, 2º Secretário da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Tenente-Coronel Carlos Vieira Nogueira, Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar; o Senhor Cláudio Langone, representante do Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul; a Senhora Silvia Capelli, representante da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Também, o Senhor Presidente registrou as presenças do Senhor Nilvo Soares da Silva, Presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler - FEPAM; do Senhor Luiz Felippe Kunz, Diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas; do Coronel Caio Camargo, Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar; dos Tenentes Ogata e Carvalho, da Aeronáutica; dos Tenentes-Coronéis Cláudio Paiva e Nelson Pafia da Rocha, representantes do Comando da Brigada Militar. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Beto Moesch discorreu sobre a concessão do Prêmio Ecologista do Ano ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, historiando a participação da Corporação nas causas em defesa da natureza. Ainda, elogiou as iniciativas de prevenção e ensino implementadas junto à sociedade pelo Batalhão de Polícia Ambiental, afirmando que a homenagem prestada é um justo reconhecimento da Casa àquela instituição. O Vereador Haroldo de Souza, tecendo considerações sobre a importância da natureza na vida do ser humano, cumprimentou o Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar pela preocupação com o meio ambiente. Ainda, questionou a política desenvolvida pelo Governo Estadual relativamente à Brigada Militar, defendendo maior conscientização e participação da sociedade como um todo em prol da luta pela preservação da natureza. O Vereador Ervino Besson, corroborando o discurso realizado pelo Vereador Haroldo de Souza em Grande Expediente, lembrou passagens de sua infância em contato com natureza, no Município de Casca - RS - e enalteceu o trabalho realizado pelo Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar que, de acordo com Sua Excelência, não mede esforços para a preservação das condições de vida e meio ambiente no Rio Grande do Sul. O Vereador Elói Guimarães congratulou o Vereador Beto Moesch pela iniciativa de outorgar o Prêmio Ecologista do Ano ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, justificando a defesa da natureza como fator fundamental para a manutenção da vida. Nesse sentido, ressaltou a necessidade de constante aprimoramento das condições de trabalho dos organismos de fiscalização ambiental para o sucesso de suas operações. O Vereador Estilac Xavier, argumentando ser esta solenidade uma justa homenagem da população de Porto Alegre, através de sua Câmara Municipal, ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, enfatizou a política implementada pelo Governo Estadual no que diz respeito à preservação do meio ambiente e parabenizou a Corporação pelo papel desempenhado nas ações de controle, prevenção e educação em relação ao meio ambiente. Em continuidade, o Vereador Paulo Brum, na presidência dos trabalhos, convidou o Vereador Beto Moesch para proceder à entrega do Prêmio Ecologista do Ano ao Tenente-Coronel Carlos Vieira Nogueira, concedendo a palavra a Sua Senhoria que, nome do Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, agradeceu a honraria hoje concedida a esse Batalhão. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença de alunos e dos professores Andreza Azevedo e Marcus Terra, da Escola de Ensino Fundamental Desenvolver, informando que Suas Senhorias comparecem a este Legislativo para participarem do Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial da Casa junto a escolas e entidades de Porto Alegre e Região Metropolitana. Às quinze horas e vinte e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte e sete minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador João Antonio Dib, tecendo considerações sobre as relações estabelecidas entre os Poderes Legislativo e Executivo no âmbito municipal, manifestou-se sobre a elaboração do Orçamento Anual do Município para o ano vindouro. Ainda, analisou criticamente os Projetos encaminhados pelo Executivo Municipal, em tramitação na Ordem do Dia, e referiu-se à aplicação de recursos públicos municipais no sistema financeiro nacional. Às quinze horas e trinta e sete minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo Vereador Luiz Braz, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Paulo Brum e secretariados pelo Vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. BETO MOESCH (Requerimento): Sr. Presidente, solicito inversão da ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar, entraríamos no Grande Expediente e, logo após, no período de Comunicações.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento do Ver. Beto Moesch. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Hoje, o Grande Expediente é destinado à entrega do Prêmio Ecologista do Ano ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, concedido através da Resolução n.º 1622/02, nos termos do Requerimento n.º 134/02, de autoria do Ver. Beto Moesch.

Compõem a Mesa o Sr. Comandante de Polícia Ambiental da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Tenente-Coronel Carlos Vieira Nogueira; o Sr. Secretário de Estado do Meio Ambiente, Dr. Cláudio Langone, neste ato representando o Governo do Estado; a Sr.ª Procuradora de Justiça, Dr.ª Silvia Capelli, neste ato representando a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado: o Sr. Presidente da FEPAM, Sr. Nilvo Soares da Silva; o Sr. Diretor da DEFAP, Luiz Felippe Kunz; o Sr. Presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, Coronel Caio Camargo.

Neste momento, passamos a palavra ao proponente desta homenagem, Ver. Beto Moesch.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É justamente na primavera que a natureza de forma mais bela se manifesta: o canto dos pássaros, o acasalamento, tudo mostra a natureza mais exuberante, mais bela, a cidade cheia de flores. E é justamente nesta semana da primavera que estamos concedendo ao Batalhão Ambiental da Brigada Militar o Título Ecologista do Ano.

Já em 1920, a Brigada Militar atuava de forma oficial, zelando pelo meio ambiente, quando destacava soldados e oficiais para a Estância de Águas de Iraí. Em 1920!

Mas, com a conscientização da proteção do meio ambiente, quando a sociedade passou a, cada vez mais, ver que dependia da proteção do meio ambiente para a sua própria qualidade de vida, a própria sociedade passou a exigir do Poder Público atuações mais efetivas e objetivas na proteção do meio ambiente. Precisávamos, nós, sociedade, também de um braço armado na defesa do meio ambiente, porque lidávamos com a nossa sobrevivência e, muito mais do que isso, estávamos e estamos lidando com a vida; precisávamos e cada vez mais precisamos de um braço forte que garanta o zelo à vida e o respeito ao meio ambiente.

Já em 1989, a Brigada Militar constituiu um grupamento florestal para atuar junto ao Ibama, várias pessoas aqui estavam presentes, como o ex-Procurador de Justiça, Dr. Orcy Bretanha Teixeira, entre outros, quando atuávamos para legislar, para regulamentarmos o que estava na Constituição do Estado. Lá sempre estava o Batalhão Ambiental, através do Tenente-Coronel Nogueira, do Coronel Ralph Porath, sempre atentos e assíduos, colaborando também na normatização de algo que ainda estava-se formando, lá em 1990, 1991, 1992, o Código Florestal do Estado, o Sistema Estadual de Proteção Ambiental, que instituiu a política, o Sistema e o Conselho do Meio Ambiente, quando se tinha um preconceito muito grande em colocar a Brigada Militar dentro do Conselho e de colocar a Brigada Militar num capítulo na Lei n.º 10.330 que institui o Sistema Estadual de Proteção Ambiental.

Não se queria colocar a Brigada Militar, mas está lá, nós temos na Lei n.º 10.330, que institui a política estadual do meio ambiente, a necessidade da Brigada Militar como órgão auxiliar do Poder Público, para colocar em prática e executarmos a política estadual do meio ambiente. A sociedade reconhece, então, na Brigada Militar um braço imprescindível, objetivamente imprescindível para atuarmos em defesa do meio ambiente.

A Brigada teve apoio justamente de quem, na época? Principalmente das organizações não-governamentais, daquelas pessoas que buscavam proteger o meio ambiente, mas não conseguiam, porque não tinham força, mas sempre foram, imediata e prontamente, atendidas pelo Batalhão Ambiental da Brigada Militar. Aí conseguimos normatizar a participação da Brigada Militar na execução da política estadual de meio ambiente.

Hoje são sete companhias; e em 2000, foram inauguradas as novas instalações do Batalhão de Polícia Ambiental do Bairro Partenon, na Av. Bento Gonçalves. O que está normatizado, entre outras coisas: ao Batalhão de Polícia Ambiental compete cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental; representar a Brigada Militar nas atividades atinentes à área e promover o intercâmbio com outros órgãos governamentais e não-governamentais por intermédio da proposição de convênios; realizar a prisão em flagrante; elaborar os termos circunstanciados e a notícia-crime ao Ministério Público, nos casos em que não há flagrante. Mas dentro de uma concepção moderna, o que a Brigada Militar, através do Batalhão Ambiental, mais faz é a educação ambiental, fazendo cumprir o princípio básico do direito ambiental brasileiro: o princípio da prevenção. E nessa sede, temos auditório, temos cursos que o Batalhão promove, para, até agora, centenas de milhares de pessoas, que vão lá aprender, pois, antes de reprimir, educar. Embora, precisemos, sim, dessa força - porque estamos lidando com a vida e precisamos, portanto, de uma polícia ostensiva -, a Brigada Militar prioriza a educação ambiental.

Para que possamos continuar ouvindo os cantos dos pássaros, para que possamos continuar respirando o ar puro, para que possamos continuar a beber uma água com qualidade, deslumbrar a flora, o solo, nós precisaremos cada vez mais da Brigada Militar, através do Batalhão Ambiental ao nosso lado. Portanto, os nossos mais sinceros agradecimentos pelo trabalho que vocês todos do Batalhão Ambiental têm feito por nós. É o reconhecimento de Porto Alegre, por intermédio do seu Parlamento, ao Batalhão Ambiental da Brigada Militar. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu sou da época do tico-tico, eu sou da época das grandes matas, matas e muitas matas. E quando nós temos diante de nós um batalhão que busca a preservação do ambiente da natureza, estamos diante daquilo que é mais importante na vida de todos nós: a mãe natureza! A natureza é a coisa mais importante que temos todos nós na formação da água, do solo, das terras, dos minérios, das matas, dos pássaros, da flora, enfim, de tudo o que é formada a mãe natureza. A natureza é importante na vida de todos nós, porque ela é a própria vida. E se, desde 1920, nós temos o Batalhão Ambiental da Brigada Militar, nós temos, no dia de hoje, ao atender a proposição do Ver. Beto Moesch dando o título de ecologista do ano, de cumprimentar a todos vocês que integram esse batalhão e nos colocarmos à disposição de todos vocês naquilo que é possível, porque entendemos o trabalho tão importante que todos vocês fazem em torno da preservação do meio ambiente. Mas quais são as reais condições que são dadas ao Batalhão Ambiental? Pela importância do trabalho de vocês, vocês têm todas as condições de trabalho? Evidente que não. Porque em todo o segmento social deste Estado e deste País nós temos falhas; na educação, na saúde, na cultura. Não seria o Batalhão Ambiental da Brigada Militar que teria todas as condições necessárias para agir, para trabalhar num importante fato da vida humana que é a natureza. Então, a conscientização de todos nós na hora de uma homenagem como esta é solicitar que todos nós, em vez de ficarmos apenas nos discursos, tenhamos a disposição de auxiliá-los de forma mais prática, de forma mais direta.

Falar da Brigada Militar, para mim, é falar de uma das coisas mais sagradas do Estado do Rio Grande do Sul. Eu sou apaixonado pela Brigada Militar, e quando eu vejo a campanha de desmoralização que é feita nos últimos anos contra a Brigada Militar é como se alguma coisa estivesse sendo feita contra o meu próprio corpo, contra o meu próprio ser.

Não é a tirada da sede da Brigada Militar da Rua da Praia, não é isso, não. São outros fatos lamentáveis que acontecem, do atual Governo para com a nossa Brigada Militar. Então, neste momento em que se presta uma homenagem ao Batalhão Ambiental da Brigada Militar, eu chamo a atenção para que todos nós tenhamos viva em nossas mentes a conscientização de que é preciso, sim, continuar respeitando a Brigada Militar e todos os seus tentáculos, todos os seus braços de auxílio e principalmente esse que forma o Batalhão Ambiental da Brigada Militar. Desde 1920, já faz muito tempo. Imaginem, vocês, nós que já temos tantos problemas no ambiente do Rio Grande do Sul, se não tivéssemos o Batalhão Ambiental da Brigada Militar, em que ponto nos encontraríamos hoje.

Meus cumprimentos ao Ver. Beto Moesch, que pediu esta homenagem, cumprimentos a todos vocês que recebem e a nossa conscientização de que é preciso fazer também alguma coisa por vocês, porque vocês fazem muito por nós. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Ervino Besson está com a palavra, por cessão de tempo do Ver. Isaac Ainhorn, em Grande Expediente.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ver. Beto Moesch, quero parabenizar V. Ex.ª de uma forma muito especial, muito carinhosa, pela sua luta, com a galhardia com que V. Ex.ª defende o nosso meio ambiente. V. Ex.ª teve essa brilhante idéia de homenagear essa gente que faz esse extraordinário trabalho em defesa do nosso meio ambiente. Quero também destacar a presença do Major Pereira - e falo Major Pereira até porque temos um contato mais aproximado com o Major Pereira - e homenagear a todos os oficiais.

Foi muito feliz o Ver. Haroldo de Souza no seu pronunciamento. Quero dizer que os meus avós vieram da Itália, eu fui criado no interior de Casca, onde existia um rio de pequeno porte, o rio Guabirova. Eu me recordo que a minha avó tinha preocupação em preservar o meio ambiente e tratava com carinho as terras, aquela propriedade do falecido pai e aquele arroio que tinha águas cristalinas. A nascente do arroio ficava na propriedade dos Dallmolin, onde havia árvores centenárias. Vejam, senhores, eu era criança quando nós nos mudamos de lá, em 1961, e me recordo daquele arroio, dos banhos que tomávamos lá e da qualidade de vida que tínhamos com aquele arroio. Mas, tristemente, aquele arroio hoje não existe mais, pois a mata nativa da sua nascente foi destruída. Se na época existisse o Batalhão de vocês, eu tenho certeza de que aquele arroio ainda existiria. As pessoas se esquecem que a qualidade de vida, a sobrevivência da raça humana depende da conservação do meio ambiente.

Os Vereadores Haroldo de Souza e Beto Moesch foram muito felizes nos seus pronunciamentos, dizendo que a nossa sobrevivência com qualidade depende do trabalho de vocês, o trabalho do Batalhão Ambiental, a luta de vocês, bravos oficiais, bravos soldados, cabos e praças, que não medem esforços, muitas vezes arriscando as suas vidas para preservar o nosso meio ambiente.

Todos nós temos um respeito muito grande pela nossa Brigada Militar, pelo trabalho que vocês representam na vida de cada um. Breve iniciará o veraneio, e quem estará lá, garantindo a segurança daquelas pessoas que vão veranear, dos familiares? Estarão lá os salva-vidas da Brigada Militar. Por isso, eu quero aqui, com muito carinho, Ver. João Antonio Dib, mas um carinho muito fraterno, saudar todos vocês, com uma saudação muito especial e muito carinhosa, pelo trabalho, por tudo o que vocês representam para a nossa segurança, para a qualidade e para a preservação do nosso meio ambiente.

Um grande abraço, muito fraterno, a cada um de vocês e também às pessoas que não puderam estar aqui presentes. Transmitam também a elas a nossa admiração, o nosso orgulho e o nosso abraço muito fraterno. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Queremos registrar as presenças do Tenente Ogata e do Tenente Carvalho, que aqui estão representando a nossa querida Aeronáutica. Sejam bem-vindos!

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, por cessão de tempo do Ver. João Carlos Nedel, em Grande Expediente.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Gostaria de agradecer ao Ver. João Carlos Nedel, que me propiciou a oportunidade de falar no presente ato, e de dizer, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que esta homenagem de justiça ao Batalhão Ambiental da Brigada Militar é muito importante. Se nós analisarmos a vida, vamos constatar que o ser humano, os seres vivos têm uma relação direta e absoluta com o meio ambiente, com o seu habitat. Portanto, nós estamos inseridos nesse grande ecossistema. E a qualidade de vida do ser humano e dos seres, se assim podemos chamar, irracionais, dos seres vivos em geral tem uma relação com o meio ambiente. Então, vejam que o setor fundamental da vida é o meio ambiente: ele é o ar que respiramos, é a água com que nos banhamos, é o verde, são as árvores, são as sombras, enfim, é todo esse complexo que o homem, tardiamente, é bem verdade, mas ao longo do tempo, passou a defender construindo mecanismos de defesa para ele.

Temos hoje entregue ao Ministério Público, Dr.ª Sílvia, um papel relevantíssimo, que é o de promover inquérito e ação civil na defesa do meio ambiente. Então, o Ministério Público está hoje elevado à condição de guardião institucional na defesa do meio ambiente.

A Brigada Militar, pela sua história, pelo seu know-how, num determinado momento, passa a especializar-se e cria mecanismos profissionais na defesa do meio ambiente. Está aí o Batalhão Ambiental, que é uma das grandes especializações da Brigada Militar e que está fadado, Major Pereira, a ser um dos grandes azes, um dos grandes setores, um dos grandes batalhões da Brigada Militar, por tratar exatamente da questão ambiental. É o defensor da vida! Quando se fala em meio ambiente, fala-se na vida, é a vida que está em jogo. E essas instituições estão envolvidas - o Ministério Público, os diferentes setores e a própria comunidade -, pois o meio ambiente é direito de todos e é dever também da sociedade a sua defesa, a sua preservação.

Portanto, Ver. Beto Moesch, V. Ex.ª oportuniza momento extremamente grande para a Casa no dia de hoje, que é condecorar o Batalhão Ambiental da Brigada Militar com uma homenagem pela defesa do meio ambiente. Nós, efetivamente, temos muito a andar nesse terreno, que é um terreno que em determinadas matérias é muito difuso, muito fronteiriço e muito delicado, onde o preparo profissional se faz imprescindível; o conhecimento, a cultura nessa área se faz imprescindível, porque há uma força que corre paralelamente à preservação do meio ambiente, que é a questão econômica, por exemplo; as relações na sociedade e nos meios de produção que se estabelecem. É preciso ter uma visão nítida e clara desse processo que tramita na preservação do meio ambiente com a questão ligada à economia, a questão ligada à habitação, enfim, é uma problemática que, daqui para frente, vai necessitar, cada vez mais, de especialização no conhecimento dessa atividade tão relevante, que é o meio ambiente.

Receba o Batalhão Ambiental a nossa homenagem pelos serviços que vem prestando. No passado, de forma requisitada, a Brigada tinha o seu papel; mas hoje o Batalhão Ambiental em nosso Estado tem um papel institucional na defesa; ele é autoridade na defesa do meio ambiente. É bom que saudemos, nesta tarde, o trabalho do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, e que ele continue atuando na defesa da ecologia, do meio ambiente e da vida, porque, sem um meio ambiente e uma ecologia bem distribuída e preservada, a vida, aos poucos, será retirada de todos nós, seres humanos. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Queremos registrar e saudar as presenças do Tenente-Coronel Cláudio Paiva, Presidente do nosso querido Clube Farrapos, e do Tenente-Coronel Nelson da Rocha, que, neste ato, representa o Comando-Geral. Sejam bem-vindos.

O Ver. Estilac Xavier está com a palavra por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris em Grande Expediente.

 

O SR. ESTILAC XAVIER: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em primeiro lugar, agradeço ao Ver. Marcelo Danéris, que me cede o seu tempo para que eu me manifeste neste ato pela nossa Bancada. Em segundo lugar, gostaria de homenagear também o Ver. Beto Moesch, esse jovem idealista, Vereador combatente das causas ambientais que tem sido um reconhecido militante, inclusive com as nossas proximidades de opiniões nesta área em defesa de questões ambientais. É justo, portanto, homenagearmos a atitude de quem propiciou a esta Casa o reconhecimento ao Batalhão Ambiental. Domingo que vem, o nosso Estado estará ampliando as suas questões ambientais pela inauguração da Reserva Florestal do Parque Zoológico de Sapucaia. São 620 hectares com recursos do Pró-Guaíba. Há uma década foi criado o Batalhão Ambiental Metropolitano, antes eram as Patrulhas Ambientais, e chegamos, agora, neste momento, a um reconhecimento da sociedade de Porto Alegre, representada nesta Casa plural, pelos seus Vereadores. A luta ambiental tem sido ao longo dos tempos uma constante e muitas vezes uma disputa entre o econômico e o ambiental, nós somos daqueles que não achamos que isso seja uma disparidade. Às vezes em nome da economia se liquida o meio ambiente, e, às vezes, somente em nome do meio ambiente não se adequam as necessárias medidas para que prosperem os desenvolvimentos econômicos. Eu creio que todos estamos em busca de uma solução cabível. O Batalhão Ambiental, hoje, constituído de sete companhias, trezentos e poucos homens exercem, como toda a Brigada, um papel de destaque. A Brigada Militar, esta instituição centenária, gaúcha, prestigiada, que presta serviços das mais diversas naturezas, fazendária, policiamento ostensivo; combate ao fogo, até hoje, nos aspectos prisionais, especializa-se em uma das questões mais importantes que é a questão da defesa do meio ambiente. Mas não é uma atividade puramente e estritamente militar, uma vez que o Batalhão, hoje, está integrado no planejamento das questões ambientais, está integrado nas coordenações executivas e participa dos conselhos e participou também da última Conferência de Meio Ambiente Estadual. Significa dizer que os executores da política do meio ambiente não são meros e automáticos reprodutores de uma ação repressiva, uma vez que está antes prevista a compreensão da política e a educação como prevenção, e isso coloca a Polícia Ambiental num patamar absolutamente qualificado. No que se refere a atividades que vão desde a questão da caça, da pesca, do desmatamento, das queimadas, da poluição e da apreensão ilegal dos animais silvestres, lá está presente a Polícia Ambiental. É com orgulho que verificamos que, ainda no mandato do nosso Secretário Cláudio Langone, o Batalhão que tinha uma ação mais metropolitana se instalou como batalhão estadual, confirmando a objetiva posição do nosso governo e da sociedade, no caso, de fazer com que esta área seja de fato prestigiada e privilegiada. O Ministério Público, aqui representado pela Dr.ª Silvia Capelli, com quem tive a oportunidade, enquanto Secretário de Obras, de privar no que se refere a questões que diziam respeito a sua atividade profissional, também tem uma forte vinculação nas atividades ambientalistas. Estamos convencidos e, por isso, propusemos ao Tribunal de Justiça do Estado, Doutora e Coronel, que fossem criadas Varas especializadas para essas questões. Lamentavelmente, obtivemos uma resposta negativa sumulada em quatro linhas, mas voltaremos ao assunto com o Desembargador José Eugenio Tedesco, porque achamos que é de vital importância que providências nesta área, não só nos aspectos operacionais, educativos e práticos, mas também no que diz respeito à tutela judicial, sejam agilizadas para o bem do conjunto da sociedade. Sabemos que o meio ambiente constitui hoje uma faceta dos direitos que a humanidade acabou, ao longo do tempo, constituindo e instituindo; direitos e as suas gerações que passaram pelos direitos individuais - quando da idéia da preservação da pessoa -, que passaram pelos direitos políticos - quando se trata da agregação das pessoas e o seu direito de organizar-se e decidir -, que passam hoje pela luta dos direitos sociais, que são as distribuições das riquezas socialmente construídas, como a saúde, habitação, educação. Mas sabemos que o direito estabelece, desde já, uma outra geração de direitos que são os direitos ambientais; os direitos que não são só a preservação hoje, do presente, mas que diz respeito à preservação do direito dos próceres; aquilo que fizemos hoje são direitos de pessoas que sequer nasceram, mas que nós, pela quarta geração de direitos, já hoje preservamos, numa tutela antecipada, que é a própria preservação da vida.

Para concluir, queremos deixar a nossa saudação afetuosa e fraterna ao Batalhão, desejando um profícuo trabalho; registramos o apoio desta Casa, em particular da nossa Bancada, aos homenageados, fazendo votos de uma longa vida de bom trabalho pelo bem do Rio Grande e pelo bem do Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Convido o Ver. Beto Moesch a proceder à entrega do Prêmio Ecologista do Ano ao Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, ao seu Comandante Tenente-Coronel Carlos Vieira Nogueira.

 

(Procede-se à entrega do Prêmio.) (Palmas.)

 

O Tenente-Coronel Carlos Vieira Nogueira, está com a palavra.

 

O SR. CARLOS VIEIRA NOGUEIRA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ver. Beto Moesch, antes de continuar, já digo muito obrigado ao senhor pelo que tem feito feliz a mim e a todos os que usam e envergam esta farda que tenho orgulho em usar. V. Ex.ª acaba de emprestar a nós uma manifestação fantástica de carinho e, tenho certeza, de todos aqueles que o acompanharam no voto para a prestação desta homenagem que recebemos hoje.

É com grande alegria que cumpro hoje o agradável compromisso de, na qualidade de Comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, receber esta homenagem outorgada pelo Legislativo Municipal fazendo com que nossa Unidade de Policiamento Ambiental ingresse no seleto grupo de autoridades e instituições distinguidas com tão importante e incentivador Prêmio de Ecologista do Ano.

É por dever de justiça que o Batalhão de Polícia Ambiental divide este reconhecimento com cada um dos servidores militares que o integram e o integraram, e com cada colaborador que viabilizou a realização das atividades de Polícia Ambiental, que levaram orientação e conhecimento aos cidadãos porto-alegrenses e o cumprimento da legislação que tutela o ambiente natural.

Em momentos como este, rebuscamos toda a trajetória percorrida pelo policiamento ambiental no Estado e, em especial, em nossa Capital, que foi o nascedouro e berço desta peculiar atividade, como um fértil ninhal, onde policiais militares munidos de dedicação, conhecimento e principalmente amor a essa modalidade de polícia ostensiva, que permite aflorar as mais belas qualidades de um cidadão, dedicaram a sua vida profissional à preocupação com o próximo e à busca incansável de uma melhor qualidade de vida a nossa Cidade, já naturalmente bela e especial.

Até mesmo pelo pioneirismo, não encontramos caminhos fáceis e, sem degradar as trilhas da vida, superamos todos os obstáculos e tivemos a consciência de que mais valoroso seria o êxito quão mais difíceis fossem as metas a alcançar. Assim, com esse espírito, em 5 de maio de 1989, o Grupamento Florestal dava origem ao Policiamento Ambiental do Estado, desenvolvendo atividade em conjunto com outros órgãos, em especial, com o IBAMA. Já em julho de 1993, subordinado ao 4.º Regimento de Polícia Montada em Porto Alegre, passa a se denominar Esquadrão de Polícia Ambiental, desenvolvendo atividades preventivas e repressivas com importantes organizações governamentais e não-governamentais, destacando-se atividades e ações preventivas em escolas e segmentos profissionais e fiscalização a infrações ambientais. Ainda em 1993 foram realizados os primeiros cursos e estágios de especialização em policiamento ambiental, onde o efetivo da Brigada Militar começou a receber instruções sobre a complexa legislação e técnica de fiscalização ambiental, incluindo disciplina de policiamento e direito ambiental nos currículos dos cursos regulares de formação de Oficiais e Praças.

Já demonstrada a necessidade de uma maior abrangência em nível regional e de uma adequada autonomia funcional, resta então atendido o anseio de toda a comunidade rio-grandense, na qual se inclui aqui um dos mais visionários, o nosso Ver. Beto Moesch.

Em janeiro de 1998 é criado, através do Decreto n.º 38.107, o Batalhão de Polícia Ambiental com atribuição legal de desenvolver o policiamento ambiental em todo o Estado do Rio Grande do Sul, viabilizando uma padronização de procedimentos, oportunizando a todo efetivo uma identidade de metas articuladas com os demais órgãos do Estado e com atribuições de tutela do ambiente natural.

O grande desafio do Batalhão Ambiental e de toda a sociedade ambientalista é a conscientização dos cidadãos sobre a necessidade de rever valores, atitudes e comportamentos com relação ao meio ambiente em que vivemos, assim como de participar dos esforços voltados ao desenvolvimento sustentável, onde a racionalidade no uso dos recursos naturais, sob a nossa tutela, faz parte de uma necessária estratégia de sobrevivência humana e organizacional.

Nesse prisma, temos presente que as atividades de polícia ambiental preventivas são fundamentais para uma mudança de cultura necessária a uma relação mais adequada do homem com o meio ambiente. Assim, o Batalhão de Polícia Ambiental recebe, em seu centro de treinamento e educação ambiental, inaugurado há um ano, na sede da unidade, em Porto Alegre, aproximadamente cinqüenta estudantes por dia, que participam das exposições, palestras, trilhas ecológicas, caminho preceptivo e assistem a audiovisuais educativos, interagindo e formando uma relação de amizade e admiração com os policiais militares. Desde 1997, duzentas e sessenta e quatro mil pessoas e trezentas e cinqüenta escolas receberam orientações e assistiram a atividades da Equipe de Educação Ambiental do Batalhão Ambiental, na sede do Batalhão, em escolas, em grandes eventos, em parque públicos, totalizando, quarenta e cinco mil pessoas neste ano de 2002.

As principais atividades desenvolvidas pelos integrantes do Batalhão de Polícia Ambiental são a fiscalização contra infrações florestais contra espécies da fauna, contra a pesca predatória, contra loteamentos clandestinos, contra extração mineral irregular, contra poluição e degradação ambiental, além de atividades preventivas em todos os segmentos sociais.

Em 13 de junho, completou-se um ano da inauguração das novas instalações do Batalhão de Polícia Ambiental, que não é sede apenas do quartel, mas principalmente do Centro de Treinamento e Educação Ambiental, espaço freqüentemente visitado pela comunidade, corpo discente e docente de todos os níveis escolares, desde a pré-escola até acadêmicos e professores de universidades, profissionais de diversas áreas, organizações governamentais e não-governamentais de meio ambiente, autoridades políticas, Judiciário, Ministério Público, policiais militares de todo o Brasil, notadamente profissionais e cidadãos preocupados com a melhor qualidade de vida para as presentes e futuras gerações. Hoje, já com as dependências ampliadas e reformadas, a sede é composta pelo prédio da 1.ª Companhia de Policiamento Ambiental, totalmente remodelado, alojamentos, auditório com modernos equipamentos de projeção multimídia, biblioteca para utilização pelo efetivo e comunidade, salão de reuniões e salas de aula; enfim, todo o necessário para proporcionar conforto e, conseqüentemente, maior produtividade, dignidade e elevada auto-estima aos policiais militares que integram o BPA.

Contamos atualmente com um efetivo de trezentos e quinze policiais militares, distribuídos nas sete Companhias de Policiamento Ambiental nos municípios de Porto Alegre, Osório, Santa Maria, Vacaria, Santana do Livramento, Passo Fundo e Pelotas, tendo sido as frações do interior do Estado paulatinamente instaladas em prédios próprios, sendo proporcionada uma eqüitativa distribuição de recursos logísticos, armamentos, móveis e utensílios, além de viaturas e embarcações.

Sentiu-se também a necessidade de melhor qualificar os integrantes da Unidade, e inserido no Programa Pró-Guaíba, foram desenvolvidos seis cursos técnicos e de pós-graduação, com disciplinas teóricas e práticas, voltados às necessidades de conhecimento do efetivo, destacando-se curso de Gestão Ambiental, Cartografia, Oficina de Capacitação e Medição Sonora, Segurança Ambiental, Coleta e Amostra de Material e de Informática, todos com certificados reconhecidos e conferidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Pontifícia Universidade Católica, proporcionando maior segurança e credibilidade às ações preventivas e repressivas no policiamento ambiental.

Foram difíceis obstáculos transpostos, mas temos presente que, com a mesma serenidade com que avaliamos a construção de conceitos, doutrinas, condutas, procedimentos e infra-estrutura, a formação de operadores e especialistas, somos sabedores de que muito ainda há que se conquistar, e que se mostra fundamental a união de esforços para que novas metas sejam exitosamente alcançadas. Continuemos, assim, trabalhando com afinco e seriedade na busca incansável de um mundo melhor.

É temeroso relacionarmos todos os parceiros merecedores do nosso sincero reconhecimento, mas, com muita alegria, cumprimos referenciar o Ministério Público Estadual, o IBAMA, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o Departamento de Florestas e Áreas Protegidas, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental, o Departamento de Recursos Hídricos, a Fundação Zoobotânica, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e todos que, de alguma forma, impulsionaram a evolução cultural e operacional, que nos faz, hoje, reconhecidos e orgulhosos, e ainda o nosso Legislativo Municipal, na pessoa do insigne Dr. Alberto Moesch, com quem ombreamos, há muito tempo, nas atividades de defesa do meio ambiente. Nosso sincero reconhecimento e a certeza de que tal incentivo servirá de motivação para que busquemos muito mais resultados e sucessos.

Através do Parlamento porto-alegrense, recebemos a manifestação de carinho e reconhecimento de cada cidadão, representado pela unanimidade de votos dos excelentíssimos Edis desta Casa.

Este ato, senhoras e senhores, reveste-se de um valor incalculável para cada integrante do Batalhão de Polícia Ambiental, e ficará, por certo, marcada indelevelmente nas nossas memórias a sensação de comprometimento moral e espiritual para com os munícipes, nos quais nos incluímos, pois somos duplamente homenageados, hoje: como cidadãos porto-alegrenses e como brigadianos, integrantes do Batalhão de Polícia Ambiental. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Registramos a presença da Escola de Ensino Fundamental Desenvolver, com dezessete alunos das 3.ª, 4.ª e 5.ª séries e os Professores Andreza Azevedo e Marcus Terra. Esta atividade faz parte do Projeto de Educação Política do Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre. (Palmas.)

Queremos, mais uma vez, saudar o Ver. Beto Moesch pela iniciativa, que possibilitou que a Câmara Municipal fizesse esta justa homenagem ao nosso querido Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar, com a entrega do Prêmio Ecologista do Ano.

Agradecemos às senhoras e aos senhores presentes e suspendemos a Sessão por dois minutos para as nossas despedidas.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h22min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum - 15h27min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ontem, eu fiquei muito aborrecido, ao ouvir no noticiário que o Prefeito da Cidade reclamava contra o “recesso branco” da Casa do Povo de Porto Alegre, que estaria trazendo prejuízos à Cidade. Hoje, estou menos aborrecido, porque o Líder do PT me disse que a notícia não espelhava exatamente a realidade, que não foi exatamente o que o Prefeito quis dizer. Mas eu ainda vou colocar algumas coisas que precisam ser colocadas de desprezo do Executivo para com o Legislativo. Nós tivemos uma belíssima solenidade há pouco, e não havia representação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. O Governo do Estado tinha dois representantes, sendo que um deles era o Secretário de Estado do Meio Ambiente.

Quando se outorga o Título de Cidadão de Porto Alegre, a Lei diz que o Prefeito tem de vir a esta Casa para fazer a entrega do Título. Eu gostaria de saber da última vez em que um Prefeito veio entregar o Título de Cidadão de Porto Alegre. Ás vezes, ele não manda nem representante. Eu sou um apoiador incondicional da Lei de Responsabilidade Fiscal, porque a Prefeitura vinha, reiteradamente, criando problemas na peça orçamentária, que o atual Prefeito quando Vereador e Secretário da Fazenda, dizia que era uma peça de ficção.

É verdade que há algumas ficções na apresentação da peça orçamentária, e a primeira delas é a que se refere a receitas de capital, que nunca na história, nos últimos quatorze anos, se realizaram, nunca! Mas serve para que as suplementações se façam como se aquilo fosse receita. E o Tribunal de Contas tem reclamado, mas continua sendo sempre assim.

Mas, a bendita Lei Fiscal, agora, fez com que o Prefeito explicasse por que não se realiza essa receita de capital.

Então, tem aqui a justificativa: (Lê.) “Frustração de receitas, período de referência, o primeiro quadrimestre de 2002”. O Prefeito teve que dizer que não se realizava mesmo; só não disse, é claro, que era um número de ficção. Por isso, quando eu ouvi a explicação de que estava preocupado, porque havia a necessidade de recursos para serem obtidos através de financiamento, eu fui olhar e vi que, nos cento e cinqüenta Projetos que estão na Ordem do Dia hoje, a Prefeitura, o Executivo têm cinco: um de utilidade pública, três para vender terrenos e um regulamentando o Fórum Regional de Planejamento. Nos cinqüenta e dois Projetos que estão em tramitação, há a criação de duas Secretarias e de um Gabinete, há oito Projetos alienando imóveis. A “grande imobiliária” da Prefeitura funciona com muita competência, entra muito dinheiro por aí, mas não aparece. De utilidade pública, além do que já está na Ordem do Dia, há seis Projetos. E é coisa curiosa: no ano de eleição, a Prefeitura declara utilidade pública para todo mundo! É uma constatação deste Vereador, a cada dois anos. Os que quiserem acompanhar o meu raciocínio busquem os Anais da Casa e vão ver que, quando chegam os anos pares, a outorga de utilidade pública a entidades é muito freqüente. Aqui eu alinhei sete.

Mas, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a Prefeitura, realmente... Um dos dois projetos que aqui tem de financiamento é aquele em que a Carris pretende receber 13,5 milhões do BNDES. Este Vereador, em um determinado momento, esteve francamente favorável à idéia. Mas, quando eu fui à Carris, vi que a integração que queriam fazer, para que se estabelecesse o novo sistema de transporte na área central, era de forma isolada. A Carris estava fazendo, ela ia integrar com outro setor da Cidade, só que o outro não havia sido consultado e não queria. Então, eu até fiquei contente quando ficou parado por aí, independe de “recesso branco” ou de qualquer outra coisa. O processo não está claro, não está perfeito.

A entrada da Cidade tem que ser analisada, ninguém está dizendo que não vai atender, mas quem tem que agilizar nas Comissões é a Bancada do Prefeito. Quando nós, da minha Bancada, pedimos urgência para os projetos da Cidade, nós acompanhamos. Agora, se não acompanharem, também nós não temos a obrigação de fazer todas as coisas que competiriam também as outras Bancadas.

Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a Prefeitura, que aplica tanto dinheiro em CDBs, mas tanto dinheiro em CDBs, não precisava estar esperando que os empréstimos fossem realizados, ela podia se antecipar. Quem tem 140, 150 milhões de CDBs, Ver. Elói Guimarães, nunca vai fazer empréstimo, a não ser que queira fazer um empréstimo de 1,5 bilhão de reais; aí tem uma garantia lá. Então, eu não estou entendendo as queixas do Prefeito! Mas bendita Lei de Responsabilidade Fiscal! Ele agora é obrigado a dizer que o lançamento da rubrica “Receitas de Capital” é de ficção, como sempre gostava de dizer o Ver. João Verle. É uma rubrica de ficção. E eu tenho observado, nos últimos anos, que em nenhuma vez se realizam. E no dia que o Prefeito Raul Pont veio aqui entregar o Orçamento, eu falei da receita de capital que não se realizava. Mas ele vibrou com o seu Secretário da Fazenda, Odir Tonollier: “Mas, Vereador, o senhor não sabe que o Governo Federal proibiu, a partir de julho, novos financiamentos?” Eu disse: “Sei, sim, senhor. E o senhor poderia me explicar por que nos anos anteriores nunca se realizaram as receitas de capital?” Até hoje eu espero a explicação, mas a Lei de Responsabilidade Fiscal fez o ex-Vereador João Verle, o homem do “Orçamento, peça de ficção”, dar uma explicação sobre as receitas de capital que não se realizam. Saúde e paz! Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Srs. Vereadores, visivelmente não há mais quórum, portanto, encerramos a presente Sessão...

 

O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

 

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Faremos verificação de quórum. (Procede-se à verificação de quórum.) Há oito Vereadores em Plenário, portanto não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h37min.)

 

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